quinta-feira, janeiro 31, 2008

Comentário do dia

Comentário do Dia – 31 de Janeiro 2008

www.lisboa.ps.pt


LISBOA

Faz agora seis meses que António Costa foi eleito Presidente da Câmara. Porque se trata de um mandato intercalar é legítimo fazer-se desde logo o balanço deste primeiro semestre da sua governação.

Herdando uma pesada dívida, irresponsavelmente acumulada nos anos do PSD na Câmara, António Costa apresentou um plano de saneamento financeiro que em primeiro lugar visava pagar as dívidas de curto e médio prazo. Com esta medida, evitou a total paralisação dos serviços. Em simultâneo conseguiu reabrir obras que estavam fechadas por falta de pagamento.

Herdando uma muito confusa situação urbanística, motivo da total perda de credibilidade da autarquia, António Costa tem vindo com grande serenidade e firmeza a pôr ordem na casa. Hoje, a Câmara de Lisboa, recuperou a sua credibilidade.

Herdando causas perdidas, recuperou a localização do novo IPO e obteve do Governo a atribuição para o município de responsabilidades para a frente ribeirinha, retirando à administração do porto de Lisboa competências que absurdamente lhe estavam atribuídas há dezenas de anos. Orientou os serviços para novas prioridades, essenciais para a qualidade de vida dos lisboetas: higiene urbana, combate ao estacionamento selvagem, prioridade às escolas e à acção social.

Lisboa, com o PSD, paralisou no tempo e enredou-se em situações confusas. Foi mesmo à falência. Lisboa, com a liderança de António Costa, começa de novo a ter um rumo, de credibilidade, de competência, um rumo estratégico para o futuro.

Hoje à noite, no jantar de sinalização destes primeiros seis meses, teremos a oportunidade de manifestar ao nosso camarada António Costa, o nosso apreço pela sua coragem, serenidade e firmeza evidenciadas nestes primeiros seis meses.

Miguel Coelho

Presidente da Concelhia

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Comentário do dia

Comentário do Dia – 30 de Janeiro de 2008

www.lisboa.ps.pt

A ver o mar


Finalmente, ao fim de tantos anos de teimosia incompreensível por parte de quem geria um espaço de essencial abertura da nossa capital e nos vedava o Tejo, a Câmara Municipal de Lisboa tomou posse da margem do rio que não está directamente afecta à área portuária.


Sendo certo que Lisboa é uma cidade onde a actividade portuária marca, de forma relevante, o seu desenvolvimento, o abuso de ocupação que essa actividade detinha na zona ribeirinha e o desenvolvimento de projectos não integrados na planificação da cidade que a entidade portuária estava a implementar, revelavam-se aberrações incompreensíveis que sujeitavam os lisboetas a decisões unilaterais e lhes cercavam o acesso à linha de água.


Este acordo devolveu aquilo que por direito pertence aos alfacinhas e que tem de ser do domínio público. Lisboa tem agora oportunidade de se abrir num espelho de céu, num espaço de horizonte, numa projecção quase atlântica. É caso para felicitar quem conseguiu finalmente disponibilizar aos lisboetas o seu passeio marítimo e é uma novidade que se crê ser recebida, por todos, com enorme prazer.

Depositamos a maior esperança de vir a ter, em breve, nestas zonas agora libertas, espaços qualificados, tal como exemplificaram anteriormente Jorge Sampaio e João Soares, onde seja possível combinar, em segurança, momentos de relaxe do stress da metrópole, com a cultura e a livre circulação dos que cá vivem e dos que nos visitam.

Luís Novaes Tito

Secção de Benfica

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Comentário do dia

Comentário do Dia – 28 de Janeiro de 2008

www.lisboa.pt.ps

DESAFIOS

Filiei-me no Partido Socialista em 2001, numa altura deveras complicada (como é sabido) para o partido, depois de uma derrota eleitoral que fatalmente o deixou numa crise de confiança e descrença interna. A impressão que tive, posso traduzi-la por aquela frase bem do nosso povo: “estar na mó de baixo”.

Então, perguntei-me: Como poderia ajudar o PS neste desafio? Talvez ajudando a minha secção, de S. João/ Beato/Alto Pina, nas mais diversas tarefas para que me tinha proposto e levando a minha boa vontade e confiança para dentro da secção, e por consequência, do partido.

O Partido Socialista atravessa neste momento um dos maiores desafios, se não o maior, da sua história. Temos um governo de maioria liderado pelo camarada José Sócrates, que a conquistou a pulso a uma direita enleada em trapalhadas, trocas e baldrocas.

Conseguimos também vencer as eleições intercalares em Lisboa com a abnegação, competência e, porque não, também com o sentido de Estado do camarada António Costa que, de uma vez por todas, venceu a irresponsabilidade da governação de direita na CML, ora de Pedro Santana Lopes, ora de Carmona Rodrigues, estes mesmos “actores” que agora “chutam para canto” as suas mais do que evidentes responsabilidades nesta situação.

Estamos num ano crucial para Portugal e para Lisboa em particular, pois 2008 vai ser de transição para o ano de todas as eleições.

Em 2009 vamos ter eleições europeias, legislativas e autárquicas, pelo que teremos que renovar e se possível reforçar as maiorias já adquiridas e pelas quais tanto lutámos. Teremos que, sem sombra de dúvidas, unir esforços para aproveitar as sinergias já criadas.

Termino com um apelo a todos os camaradas: estes desafios são enormes, bem sei, mas já demos provas a todos os Portugueses que não temos medo de assumir as nossas responsabilidades e de curar as feridas por outros abertas, pelo que estou convencido que, unidos, vamos vencer estes desafios que nos são impostos.

Portugal e Lisboa assim nos exigem.

José Carlos Alegre

Secção de S.João/ Beato/Alto do Pina

domingo, janeiro 27, 2008

Comentário do dia

Comentário do Dia – 23 de Janeiro de 2008

www.lisboa.ps.pt


Boa gestão local

As comunidades locais do século XXI devem ser criativas, fortes na diversidade das suas populações, competitivas pela sua capacidade de inovação. Nada disto é possível se não adoptarem, no seu modelo de organização e gestão, os princípios básicos da boa governação. As comunidades locais do século XXI devem ser abertas à participação dos cidadãos, que informam e acolhem nos seus processos decisórios e a quem prestam contas da sua actividade. Devem fazer uma gestão eficiente dos seus recursos e promover a qualidade nos serviços que prestam, que orientam para as reais necessidades e expectativas dos cidadãos, associações a agentes económicos. Este modelo de gestão local traduz uma clara opção política: a promoção de uma comunidade assente nas pessoas, na valorização do seu potencial, na criação de oportunidades de vida. Existe muita retórica em torno deste tema, muitos slogans propagandísticos utilizados por todo o espectro político. Cabe-nos a nós, socialistas, demonstrar que este modelo de gestão assente nas pessoas pode ser implementado porque defendemos a participação como valor estruturante do sistema democrático mas também porque sabemos implementá-lo com eficácia. Esse desafio – obter esse delicado equilíbrio entre a participação enquanto valor e a eficácia da acção política - é particularmente exigente para quem tem por missão governar as comunidades locais. A proximidade não significa que os responsáveis autárquicos possam prescindir da capacidade de definir uma visão e de implementar uma estratégia. A participação não significa que possam prescindir da capacidade de arbitrar a discussão e de fazer escolhas em prol do bem comum. Nem que devam demitir-se da sua capacidade de optimização de recursos, de organização dos serviços e de simplificação de procedimentos. Os responsáveis autárquicos devem, obrigatoriamente, conjugar competências de liderança política com capacidade de gestão. Só assim podem construir autarquias credíveis, que assumam um papel activo na construção da qualidade de vida dos cidadãos e na competitividade dos territórios mas também na criação de confiança no sistema político e na melhoria da qualidade da democracia. Em Lisboa, com o lançamento do orçamento participativo e as reuniões descentralizadas do executivo, o camarada António Costa já deu mostras de estar empenhado neste processo. Aguardamos com expectativa os próximos passos.

Fátima Fonseca

Secção do Bairro Alto

sábado, janeiro 26, 2008

Comentário do dia

Comentário do Dia –18 de Janeiro de 2008 www.lisboa.ps.pt

Governança Urbana: Uma Chave para a Cidade

Perante os importantes desafios da competitividade e coesão urbana, os governos das grandes cidades (como Lisboa), confrontam-se actualmente com um contexto urbanístico caracterizado pela complexidade, heterogeneidade, forte ritmo de mudança, escassez de recursos, incerteza, desequilíbrios socio-urbanísticos e conflitualidade.

É neste sentido que, na linha da frente das medidas políticas a implementar, se destaca a mobilização das energias e forças vivas da cidade, com recurso à indispensável participação pública, nas diversas esferas sectoriais e nos vários níveis como a gestão, planeamento, avaliação e decisão política.

Com efeito, a crise do estado providência, ou do bem-estar social e o desenvolvimento da democracia, são apontados como razões para a gradual descentralização do papel do estado no processo de desenvolvimento urbano. Reconhecendo as suas limitações em, por um lado resolver os problemas sociais e económicos profundos e por outro em gerir interesses diversos e frequentemente antagónicos, o Estado criou condições políticas para a inserção activa de novos agentes da sociedade, cada vez mais autónomos e capacitados, para que se impliquem na implementação de medidas que lhe são destinadas.

É neste contexto, que emerge uma nova forma de governar. Ascher definiu Governança Urbana como “um sistema de dispositivos e de modos de acção, associando às instituições os representantes da sociedade civil, para conceber e pôr em prática as políticas e as decisões públicas” (Ascher, 2001).

Como é do conhecimento comum, e apesar do sincero esforço do actual executivo, a Câmara Municipal de Lisboa, enquanto instituição, encontra-se demasiado distante dos cidadãos, e por outro lado, as Juntas de Freguesia não estão dotadas das competências, dos recursos e da massa crítica indispensáveis para uma gestão eficaz do território. É por isso crucial e urgente, desenvolver e concluir o estudo sobre a reforma administrativa da cidade que permitirá, se bem estruturado, implementar o “reencontro institucional” e revelar um cidadão mais mobilizado e activo na garantia da sua qualidade de vida e na consciência do interesse público.

Assim, para que a Governança aconteça, enquanto uma verdadeira “chave de arranque” das energias da Cidade é fundamental que o novo quadro administrativo mais ágil se faça dotar da formulação e implementação de estratégias que capacitem e motivem a participação efectiva dos cidadãos na gestão e no planeamento dos territórios, tais como: o diálogo com as populações à escala local, a publicação dos compromissos políticos, a publicação de legislação de suporte à participação, a organização e funcionamento institucional ajustado à nova legislação, a formação sistemática de técnicos, profissionais e associações (de moradores, de inquilinos, de senhorios, ambientais e de planeamento, etc.), o estabelecimento de um sistema de informação e comunicação de apoio à gestão e ao projecto, a criação de gabinetes de informação local, o fortalecimento da organização da população, a utilização dos recursos locais, o envolvimento de organizações não governamentais, a flexibilidade no planeamento, etc.

Na verdade, as forças da sociedade civil (associações de moradores, ong’s, associações culturais ou ambientais) já se vão manifestando vivas, responsáveis e úteis na defesa da qualidade de vida urbana, não apenas reclamando mas em muitos casos participando construtiva e activamente em soluções inovadoras. Contudo, estas parecem carecer de um projecto urbano colectivo, institucional e verdadeiramente democrático. De facto, as forças da sociedade civil já entraram no novo paradigma. Estarão políticos e técnicos prontos para as acompanhar?

Manish Fernandes

Secção de Carnide


Completam-se agora seis meses sobre a posse do novo executivo socialista da Câmara Municipal de Lisboa. Tem sido um tempo de grandes desafios e de muito trabalho para conseguirmos ultrapassar a dificílima situação que nos foi irresponsavelmente legada pelos executivos da direita que nos antecederam.
Para que o nosso esforço seja bem sucedido precisamos da mobilização permanente, empenhada, activa, solidária e crítica de todos os nossos apoiantes - socialistas de Lisboa e independentes de vários quadrantes e domínios de actividade.

Para partilharmos convosco a experiência deste meio ano e, sobretudo, para olharmos o futuro em conjunto, convido-o a participar no jantar que se realiza no próximo dia 31 de Janeiro, pelas 20 horas, no Pavilhão de Congressos da antiga FIL.

A nossa candidatura foi uma candidatura aberta, de mudança e de esperança para Lisboa. Quero que a nossa acção na Câmara prossiga esses valores, honrando a responsabilidade que assumimos perante todos os lisboetas. Estamos, como prometemos, a arrumar a casa e a preparar o futuro da nossa cidade. O seu contributo e o seu apoio são fundamentais. Conto com ele.

Com um abraço afectuoso, agradeço desde já a sua participação

Inscrições:

Maria João Correia: 96.630 08 52
Cândida Madeira: 91.757 36 44
Custódia Fernandes: 91.758 84 63
Secção do Limoeiro: 21.886 19 14

Preço por pessoa: 15 euros

sábado, janeiro 19, 2008

Excelente jantar de candidatura

Realizou-se no passado dia 17 o jantar de apoio à candidatura do camarada Miguel Coelho à Presidência da Comissão Política da Concelhia de Lisboa do Partido Socialista. Foi com grande satisfação que vi a adesão e apoio ao seu projecto, parecia um jantar de apoio a uma candidatura a nível nacional. Infelizmente faltaram lugares para todos. Perspectivo uma grande vitória.

O nosso camarada José Reis Santos fez uma excelente apresentação do blog da candidatura, sendo as novas tecnologias e neste caso o blog, uma das melhores vias de comunicação para fazer chegar a informação a todos, sendo também uma das maneiras mais rápidas de transmitir opiniões e de iniciar debates.

Tenho o prazer de ser militante de um Partido que continua a ter na sua base estrutural a democracia, onde podem existir divergências de ideias, de estratégias, várias listas a concorrerem ao mesmo tempo e no final, apesar das oposições, todos se reagrupam e lutam pelo mesmo objectivo.

A nossa camarada Carla Madeira é um exemplo disso. Ontem opositora, hoje apoiante do camarada Miguel Coelho. Na sua intervenção foi bem explícita nas razões que a levaram a apoiar esta candidatura.

Como sempre o camarada Jorge Coelho, bem ao seu estilo, frontal e enérgico, empolgou a sala com um discurso incisivo enaltecendo as ideias fortes da candidatura e que são necessárias para dar mais força ao Partido.

Por fim, a intervenção do Miguel Coelho, tão enérgica como a de Jorge Coelho, defendendo a sua candidatura que tem como lema “Por um Partido de Militantes – A Experiência para Preparar o Futuro”. Foi pioneiro na defesa da limitação de mandatos e o seu projecto vai servir para fortalecer, unir e preparar o Partido para as grandes batalhas que se aproximam, eleições Europeias, Legislativas e Autárquicas, não esquecendo também a defensa do Governo do camarada José Sócrates nas reformas e projectos que são necessárias para que tenhamos um país cada vez mais preparado para os desafios de uma UE cada vez maior.

Vi também a grande vontade de juntar a experiência dos mais velhos à energia dos mais novos como tentativa de renovação. Senti ainda no seu discurso a necessidade de ouvir o Partido, as suas Bases, as Secções, conseguindo com isto um Partido mais dinâmico, mais coeso e mais virado para as populações.

Paulo Baptista,

PS Belém

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Jantar da Candidatura "Por um Partido de Militantes - A Experiência para Preparar o Futuro"

Ontem realizou-se o jantar de apoio à recandidatura de Miguel Coelho ao cargo de Presidente da Comissão Política da Concelhia do Partido Socialista. Sem dúvida uma noite a recordar, com uma afluência bastante significativa. Por momentos questionei-me se seria mesmo um jantar de apoio a uma candidatura concelhia, dado o número de notáveis e militantes de base que quiseram marcar presença.

Queria destacar as intervenções da noite. O nosso camarada e amigo José Reis Santos deu o mote, com uma intervenção bem conseguida, em que apresentou o blog da candidatura e abordou a importância das novas formas de comunicação para aproximar os militantes do partido. Seguiu-se a Carla Madeira que explicou as razões que a levam a apoiar a candidatura. O Sérgio Cintra que leu as mensagens de apoio enviadas por Vasco Franco e José Gameiro. Como não podia deixar de ser, o nosso camarada Jorge Coelho empolgou a sala e manifestou a sua solidariedade e apoio ao novo projecto liderado por Miguel Coelho. Para terminar a intervenção do Miguel Coelho também ela vigorosa, em que apresentou as razões que o levam a recandidatar-se pela última vez.

Defensor da limitação de mandatos, a sua recandidatura serve sobretudo para unir o partido e prepará-lo para os importantes desafios que se avizinham. A experiência é útil à renovação. O partido será mais forte, se souber aliar a experiência dos mais velhos à vitalidade dos mais novos. Foram estas as principais ideias que retive. Pelo que vi e ouvi o projecto "Por um Partido de Militantes - A Experiência para Preparar o Futuro" transporta dentro de si uma forte dinâmica de renovação.

Pedro Cardoso

quarta-feira, janeiro 16, 2008

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Eleições PS Lisboa

No dia 7 de Março de 2008 vão realizar-se eleições para a Comissão Política Concelhia de Lisboa e o debate já começou na blogosfera. Aqui fica uma troca de argumentos e opiniões que teve como protagonistas os nossos camaradas José Reis Santos (Loja de Ideias) e Carlos Castro (Palavra Aberta). A sequência é a seguinte:

Um bom momento para fomentar e manter a militância activa - Carlos Castro

É tempo de contar com um PS activo e forte em Lisboa - Carlos Castro





terça-feira, janeiro 08, 2008

Comentário do dia

Comentário do Dia – 08 de Janeiro de 2008 www.lisboa.ps.pt

Uma questão de valores

As recentes notícias sobre indícios de corrupção na Câmara Municipal de Lisboa, detectados pela Procuradoria-Geral da República fazem ressaltar, uma vez mais, a facilidade com que alguns portugueses, com um grau de cultura acima da média, se disponibilizam para aliciar e serem aliciados.

O que fará um cidadão culto, tido como honesto, deixar-se encantar e vender, invariavelmente barato, um bem para alguns de nós tão valioso como a honra?

Acaso se encontram em situação de necessidade extrema? Aparentemente, possuem tanto ou mais do que milhares de trabalhadores que honestamente limitam os gastos às normais disponibilidades financeiras.

Alguém, um dia, terá sugerido aos potenciais corruptos que só se vive bem, só se tem estatuto e lugar socialmente destacado se se tiver muito dinheiro - independentemente da origem, que ninguém controla – e puder deslumbrar no mínimo os amigos, exibindo poder para alcançar mais poder.

E estes argumentos, na sociedade de consumo irracional que vivemos, têm efeito.

Obter tudo, a qualquer preço! É a máxima social vigente.

Que lógica será esta, tão tentadora no sul da Europa e, segundo as mais diversas estatísticas, quase totalmente ignorada a norte?

Acontece que nos primeiros anos de escolaridade são ministrados às crianças nórdicas e contextualizados pela história, literatura e ciências sociais, valores éticos fundamentais como a Honestidade, a Integridade ou Respeito Pelo Semelhante.

Por cá, o jovem apenas recebe como pilares de formação, valores associados à pátria, religião e família enaltecendo subliminarmente a guerra, o aventureirismo, a intriga, a obediência, o conformismo e uma solidariedade restrita ao agregado familiar.

Os valores socialmente úteis são esquecidos, logo o jovem não cria anti-corpos éticos capazes de defender um futuro moralmente digno e permanece permeável à quebra de valores sociais determinantes nas sociedades contemporâneas.

Consequências, entre outras: xenofobia, corrupção, egoísmo e ausência de cidadania.

Será importante o esforço do actual Governo no redimensionamento do parque escolar.

Mas muito mais importante, com menores custos sociais e económicos e maior compensação futura, será a alteração do paradigma de formação da criança, preparando-a como elemento socialmente activo, solidário, íntegro e fraterno.

De pouco servirá remediar o presente se não acautelarmos o futuro. E essa é a principal esperança que qualquer cidadão tem em quem o governa.

Enquanto os valores de moral social não obtiverem primazia na formação dos jovens, para além de outros inconvenientes, continuaremos na próxima geração a verificar inúmeros casos de corrupção, obras com muitos trabalhos a mais e uma administração pública de fazer inveja às suas mais requintadas congéneres africanas.

Macieira Antunes

Secção A. S. do Ambiente


segunda-feira, janeiro 07, 2008

Comentário do dia

Comentário do Dia – 07 de Janeiro de 2008 www.lisboa.ps.pt

Lutar por um amanhã melhor

Ontem, domingo, foi dia de Reis, por tradição o último dia de festas. Começa agora a sério o ano de 2008. Com esse inicio, a ambição de que alguns dos muitos problemas que nos confronta, sejam atenuados ou, preferencialmente, resolvidos. E quais são esses problemas? Entre outros, os seguintes: 1. – o desemprego; 2 – a saúde; 3 – o ensino.

A ordem porque se apresentam é aleatória. Todos eles são importantes e é necessário a mobilização do PS para encontrar soluções, explicar essas soluções e aplicá-las. São condenáveis a indiferença e o esquecimento. O “politicamente correcto” não pode e não nos deve inibir de ter opinião. E de que, na medida das nossas possibilidades, façamos algo, pouco que seja, para melhorar o estado das coisas.

Ao encontrar um amigo que, ele ou outro elemento da sua família, está no desemprego sinto uma dor interior, um tormento, ao pensar: - e se fosse comigo, como reagiria eu? Para além daqueles que nos são próximos, esta é uma realidade diariamente vivida por muitos milhares de pessoas, ( 440.0000, dizem) particularmente os jovens, alguns com habilitações superiores, em busca de um primeiro emprego e de pessoas com muitos anos de trabalho que, de repente, são confrontadas com o problema de serem demasiado jovens para se reformar e muito velhos para trabalhar. Sem que isso seja a regra acontecem, nalguns casos, autênticos atentados ao respeito pela pessoa: contaram-me um dia destes que uma Senhora de 37 anos, ao ser recebida para responder a um anúncio, confrontada com a idade, ouviu a resposta indecorosa de que não tinham posto um anuncio para avós. Saiu de lá a chorar, triste e revoltada, com a esperança diminuída, ofendida na sua dignidade.

Pertenço à Assembleia de Freguesia de Marvila, eleito nas listas do PS. Todos sabemos ser esta uma das maiores freguesias de Lisboa, em continuo crescimento. Dispõe apenas de um Centro de Saúde, num prédio de andares na parte antiga, com acessos difíceis. Existem, na Freguesia, cerca de sete mil pessoas (repito, sete mil pessoas) sem médico de família. Há vários anos que aguardamos pela abertura da extensão dos Lóios. A última promessa é de que será em Março próximo. Queremos acreditar que sim, que assim acontecerá, sob pena de aumentarmos a desilusão daqueles que acreditam em nós. E nem queremos pensar em tal coisa.

Aos poucos, muito devagarinho, é certo, vamos ganhando consciência de uma nova realidade: somos cidadãos de uma Europa de 27 países e de 23 línguas. O mercado de trabalho ganha novos contornos e cria novas oportunidades. Aumenta o campo de acção e aumenta também a concorrência de novas gentes. Apesar de alguma evolução entretanto verificada, não podemos continuar a viver com desculpas várias sobre o insucesso escolar, porque disso depende o nosso futuro. Cansa a propaganda oficial da oposição de que a culpa de todos os males está no Ministério, que terá também a sua parte no problema. E a família continua desresponsabilizada?

Um jornal de hoje , o DN, informa que “morangos com açúcar” é um dos programas eleitos das crianças. E não há ninguém, das Associações de Pais ou das Associações de Professores, que possa ter opinião sobre isto? E os professores também não têm culpa nenhuma? Pouco importante será inventariar culpados se não existirem vontades para mobilizar a sociedade para a necessidade de melhores resultados escolares e de uma maior qualificação dos portugueses. Para ter capacidade de resposta numa sociedade competitiva é necessário dispor de ferramentas adequadas. Muitas dessas ferramentas chegam-nos pelas vias do ensino e da formação. E por acreditarmos que, apesar das nossas dificuldades, amanhã poderemos ser melhores que hoje.

Que todos os Portugueses possam ter um bom ano, com mais emprego, com melhor saúde e com mais formação são os desejos do,

Manuel Saraiva

Secção de Marvila

O PS está em estado de hibernação?

[Via PS Lumiar]

O PS está em estado de hibernação?
É o que apetece perguntar na ausência de real vida política partidária, de debates, até de apoios ao governo, de esclarecimento das medidas governativas aos cidadãos eleitores.
O PS é o governo, apenas o governo?
Onde estão os revolucionários, os ideólogos de outros tempos, os militantes activos?
Calçaram as pantufas, vivem exílios dourados, acomodaram-se, estão velhos e não há ninguém que os substitua?
É mau sinal.
A vida partidária não se pode reduzir à voz do primeiro-ministro e de alguns elementos do governo e à do porta-voz do partido Vitalino Canas.
Sócrates não dura sempre.
Sócrates é um político para gerir momentos críticos e difíceis, dada a sua determinação, autismo político quanto ao que se passa à sua volta, capacidade de trabalho e de liderança; mas não é um político para levar por diante políticas consolidadas em momentos (épocas) de expansão e crescimento económico.
Não tem capacidade de diálogo para além dos rodriguinhos habituais da diplomacia.
Muito melhor é António Costa, que tem um perfil mais humano, embora firme nas convicções e nas acções, que tem capacidade de ouvir e de aprender, que não desdenha a cultura, que não tem alma de tecnocrata.
Será, pois, bom que o PS acorde e se manifeste.
Que olhe para o futuro para além do imediato.
O calado nem sempre é o melhor.
António Garcia Barreto – Jornal a Dias (05.01.2008)

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Comentário do dia

Comentário do Dia – 04 de Janeiro de 2008 www.lisboa.ps.pt


Promover e qualificar


Consultando a estatísticas do último censo conclui-se que a cidade de Lisboa tem pouco mais de 550 mil habitantes. Se tivermos em consideração que a Gebalis gere 27 mil fogos municipais espalhados por 70 bairros, os quais albergam perto de 85 mil moradores (recenseados), concluimos que mais de 15% da população da capital reside em bairros municipais geridos pela empresa.

A história da habitação social na cidade de Lisboa remonta à década de 40, quando se constroi o bairro social da Quinta da Boavista. Dizia-se, na altura, que a sua construção se destinava a albergar os "pobres e indigentes", assim mesmo.

Portugal e Lisboa de hoje nada têm a ver com a realidade de então. O país urbanizou-se e a cidade de Lisboa (e a sua área metropolitana) exerceu e exerce uma atracção que fez dela não uma cidade de província, mas de províncias, pela confluência de portugueses oriundos de todo o território nacional. Acrescente-se a estes portugueses os milhares de imigrantes que imprimem à cidade o comopolitismo que todos lhe reconhecemos, e temos este caldo de cultura que é a nossa capital.

Mas porque se concentrou a população na cidade? Certamente porque a cidade representa acessilidade a bens e serviços, a comércio, a cultura, a produção e a negócios: enfim a cidade representa a esperança de empregos mais bem remunerados e de melhores condições de vida. O que nem sempre, convenhamos, acaba por acontecer. A este propósito ocorre-me referir o que diz o Worldwatch Institute no seu "Estado do Mundo- 2007" publicado em Janeiro passado, quando realça que a não se tomarem medidas de desenvolvimento prioritário para acautelar a pobreza urbana no mundo, em 2030 metade dos que nascerão até lá ficará a viver em condições muito precárias, facto que porá em risco a sustentabilidade (em sentido lato) das próprias cidades...

Ora, é precisamente nesta óptica de sustentabilidade das cidadades, em sentido lato, que penso devermos enquadrar as políticas de inclusão, e dentre elas prioritáriamente, pelo menos na minha óptica, a política de habitação social que, curiosamente, se trata de uma política que por essa Europa fora é dinamizada, em primeira linha, pelas autoridades locais.

Entre nós, em Lisboa, o sector da habitação social é um legado incontornável do Partido Socialista , do qual os socialistas se devem orgulhar e no qual se devem rever e, na senda da Lisboa solidária que queremos, há que promover e qualificar o património habitacional construído, tal como os seus residentes.

Luís Marques

Secção do Limoeiro

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Comentário do dia

Comentário do Dia – 02 de Janeiro de 2008 www.lisboa.ps.pt


A Mensagem de Ano Novo

Ontem assistimos na televisão à mensagem de ano novo do mais alto Magistrado da Nação. Muito comentadores, como não podia deixar de ser, viram uma mensagem com poucos elogios à governação do país e muitos avisos, recados e preocupações sobre a mesma.

Independentemente dos comentários “mais” avalizados, certo é que a mensagem evidenciou a esperança num futuro melhor para Portugal, num quadro de grande dificuldade interna e internacional e constatou que, face à determinação do Governo, Portugal está no bom caminho para encontrar os índices de desenvolvimento económico e social necessários e condignos com as suas gentes.

Não será necessário lembrar como era antes, todos sabemos. Foi num passado recente, onde foram pedidos inúmeros sacrifícios ao povo sem qualquer resultado a médio ou longo prazo que permitisse concluir que estávamos no bom caminho.

Agora, começa-se a sentir mudança, determinação, confiança, inovação, respeito, optimismo, enfim, começa-se a ver resultados do rumo traçado em 2005 e, quer se goste quer não se goste da governação socialista, Portugal hoje não está como há dois anos, e porquê?

Porque tem um rumo definido para um desenvolvimento económico e social mais harmonioso e sustentado, e isso já ninguém poderá negar, nem o mais Alto Magistrado da Nação.

Bom ano de 2008.

Ricardo Saldanha

Secção de Benfica e S. Domingos de Benfica