domingo, janeiro 27, 2008

Comentário do dia

Comentário do Dia – 23 de Janeiro de 2008

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Boa gestão local

As comunidades locais do século XXI devem ser criativas, fortes na diversidade das suas populações, competitivas pela sua capacidade de inovação. Nada disto é possível se não adoptarem, no seu modelo de organização e gestão, os princípios básicos da boa governação. As comunidades locais do século XXI devem ser abertas à participação dos cidadãos, que informam e acolhem nos seus processos decisórios e a quem prestam contas da sua actividade. Devem fazer uma gestão eficiente dos seus recursos e promover a qualidade nos serviços que prestam, que orientam para as reais necessidades e expectativas dos cidadãos, associações a agentes económicos. Este modelo de gestão local traduz uma clara opção política: a promoção de uma comunidade assente nas pessoas, na valorização do seu potencial, na criação de oportunidades de vida. Existe muita retórica em torno deste tema, muitos slogans propagandísticos utilizados por todo o espectro político. Cabe-nos a nós, socialistas, demonstrar que este modelo de gestão assente nas pessoas pode ser implementado porque defendemos a participação como valor estruturante do sistema democrático mas também porque sabemos implementá-lo com eficácia. Esse desafio – obter esse delicado equilíbrio entre a participação enquanto valor e a eficácia da acção política - é particularmente exigente para quem tem por missão governar as comunidades locais. A proximidade não significa que os responsáveis autárquicos possam prescindir da capacidade de definir uma visão e de implementar uma estratégia. A participação não significa que possam prescindir da capacidade de arbitrar a discussão e de fazer escolhas em prol do bem comum. Nem que devam demitir-se da sua capacidade de optimização de recursos, de organização dos serviços e de simplificação de procedimentos. Os responsáveis autárquicos devem, obrigatoriamente, conjugar competências de liderança política com capacidade de gestão. Só assim podem construir autarquias credíveis, que assumam um papel activo na construção da qualidade de vida dos cidadãos e na competitividade dos territórios mas também na criação de confiança no sistema político e na melhoria da qualidade da democracia. Em Lisboa, com o lançamento do orçamento participativo e as reuniões descentralizadas do executivo, o camarada António Costa já deu mostras de estar empenhado neste processo. Aguardamos com expectativa os próximos passos.

Fátima Fonseca

Secção do Bairro Alto

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