Comentário do Dia – 30 de Janeiro de 2008
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Finalmente, ao fim de tantos anos de teimosia incompreensível por parte de quem geria um espaço de essencial abertura da nossa capital e nos vedava o Tejo, a Câmara Municipal de Lisboa tomou posse da margem do rio que não está directamente afecta à área portuária.
Sendo certo que Lisboa é uma cidade onde a actividade portuária marca, de forma relevante, o seu desenvolvimento, o abuso de ocupação que essa actividade detinha na zona ribeirinha e o desenvolvimento de projectos não integrados na planificação da cidade que a entidade portuária estava a implementar, revelavam-se aberrações incompreensíveis que sujeitavam os lisboetas a decisões unilaterais e lhes cercavam o acesso à linha de água.
Este acordo devolveu aquilo que por direito pertence aos alfacinhas e que tem de ser do domínio público. Lisboa tem agora oportunidade de se abrir num espelho de céu, num espaço de horizonte, numa projecção quase atlântica.
Depositamos a maior esperança de vir a ter, em breve, nestas zonas agora libertas, espaços qualificados, tal como exemplificaram anteriormente Jorge Sampaio e João Soares, onde seja possível combinar, em segurança, momentos de relaxe do stress da metrópole, com a cultura e a livre circulação dos que cá vivem e dos que nos visitam.
Luís Novaes Tito
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